sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Dialética da morte, por mim, inspirado em Saramago

A morte. Situação tão hostil diante da mundana normalidade a qual nos submetemos ou somos por ela submetidos. O fim. Palavra carregada de infinito mistério. Aliás, a morte de uma forma ou outra caracteriza-se como o fim.

Para alguns o fim de um ciclo material baseado na concepção de que após o tudo, é o "nada" que existe. Para outros o fim de uma vida imposta a vós por determinadas forças até então desconhecidas, porém acreditadas. Também para uns o fim de um tortuoso sofrimento, ao qual, através de um penoso e estafante ato, lhes custa aceitar o quão bondosas são essas forças que insistem em atuar de maneira determinante sobre os fenômenos do aqui - passado, presente, futuro - no entanto, podem, em determinadas circunstâncias, tornarem-se mais ou menos suscetíveis a absorção de teorias do castigo divino.

Existem ainda aqueles que manifestam uma tremenda vontade no empenho ante à busca do autoconhecimento, atravessando as fronteiras que separam o nada e o tudo, percebendo que a distância entre elas é extremamente tênue, induzindo-os à realidade de dimensões paralelas que coexistem infinitamente formando um intrincado e complexo método existencial, reconhecendo que as possibilidades existem sim, e estão ao alcance agora.

Tantas são às expectativas pelo fim que a humanidade se viu obrigada a interceder na dialética mental da coletividade e interpor-se perante tais percepções existenciais, temendo que as referentes questões, mantivessem os humanos distante do ímpeto progressista humanóico.

Jose Saramago
Intermitências da morte





Alguns ainda escrevem, como é o caso de José Saramago, em seu livro as Intermitências da Morte, no qual constrói um instigante processo reflexivo com a ideia da necessidade absurda de sermos mortais, de maneira irônica e surreal.















Enfim, as respostas a quem do infinito nunca serão completamente respondidas, o conhecimento e a ignorância são grandezas proporcionais. Quanto as questões referente a situação humana aqui e agora sobre a Terra, estão elas circulando sutilmente a nossa volta aguardando serem absorvidas pelas percepções. E compreende-las pode sim ser uma tarefa árdua, no entanto intrínseca, e todos podem tirar suas próprias conclusões, ou também, não impede que disso tudo alguém não extraia absolutamente nada, pois o nada é tudo e o tudo é nada, basta aguçar a percepção.

  

Por Leonardo Barden
    

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