quinta-feira, 19 de julho de 2012

A renúncia metafísica de Giorgio De Chirico

Influenciado por textos de filósofos como Nietzsche e Schopenhauer De Chirico retrata os conflitos da existência humana sob uma ótica melancolicamente enigmática, construindo paisagens oníricas e desprovidas de vida, carregadas de solidão e silêncio, onde o ser humano aparece sempre deslocado e perdido. Essa idéia de desclocamento e sensação de irrealidade moldam o caráter de sua obra metafísica.


Giorgio de Chirico
O Enigma da Hora (1912)

Os enigmas visuais que De Chirico propõe e descreve através de suas pinturas, nos remetem à instigantes jornadas rumo aos paraísos da reflexão, onde nos deparamos com conflitantes choques entre as teorias da civilização e existência humana. 

Giorgio De Chirico
Melancolia de Uma Bela Tarde (1913)

As atmosferas de calor e sol azul que permeiam grande parte das paisagens de suas pinturas, são típicas do verão mediterrâneo da costa leste Italiana, onde De Chirico viveu boa parte de sua vida. 

Giorgio De Chirico
Piazza d'Itália (1915)


Giorgio De Chirico
O Enigma do Oráculo (1910)


Os quadros de Giorgio De Chirico sãs repletos de figuras e sombras deslocadas que enchem a cena de mistério e sentidos ocultos, obrigando o observador a uma análise perene e profunda. Um simples olhar, não basta, para penetrar no abismo mental de De Chirico. 

Giorgio De Chirico
As Musas Inquietantes (1916)

O pintor criou uma corrente surrealista antes mesmo do manifesto surrealista, influenciando artistas como Max max Ernst, Salvador Dalí e René Magrite. 

Giorgio De Chirico
Heitor e Andrômaca (1917)

Em meados da década de 30, quando já era famoso e com muitos seguidores devido ao seu surrealismo, incrivelmente De Chirico resolve abandonar todo seu estilo, que o consagrara até então no mundo das artes, mudando para o estilo clássico, que o acampanhou até o final de sua vida, aos 91 anos, quando morreu de parada cardíaca em Roma. Embora tenha renunciado seu estilo metafísico do passado, ele continuou famoso sobretudo pelas obras criadas justamente nesse período (1909 e 1919). Foi como o pintor metafísico que Giorgio De Chirico deixou sua eterna contribuição para o mundo das artes.







  



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