segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A paralelidade científico literal de Isaac Asimov

auto retrato imagem
Isaac Asimov

Ciência, filosofia e arte, nutrientes indispensáveis a germinação de qualquer semente criativa dentro dos férteis terrenos da mente humana. Que o diga então, àqueles que usaram-nas de forma híbrida sistematicamente para dar vida a harmoniosas e profundas teses e pensamentos a respeito da situação humana. 
Isaac Asimov foi um destes vigorosos "construtores de pontes", que através de sua síntese criativa, percorreu por entre os conhecimentos científicos e filosóficos, viajando além dos limites de espaço e tempo, procurando por elucidações existenciais para formar uma das obras mais instigantes, reflexivas e profundas da literatura de ficção científica. 
Sua robusta obra navega por universos paralelos, viagens no tempo, padrões de crescimento e declínio de civilizações intergaláticas, leis da robótica, colônias humanas na lua, onde o autor cria e recria novos termos e expressões, e todos os assuntos amparados por concisas estruturas científicas e filosóficas, mas sempre contando com um apuradíssimo instinto criativo e artístico.
Russo, naturalizado americano, Asimov, foi além de tudo, um apaixonado pela escrita, um cientista encantado pelos dons da mente e pelos seus frutos, como por exemplo as realizações tecnológicas, porém preocupado com os terríveis contrapontos: os malefícios gerados pela falta de sensatez presente no âmago da civilização humana. 
Deixou um intenso e vasto legado de aprendizagem para a humanidade, bem como a imagem voluptuosa de seu imenso par de suíças.

Algumas de suas principais obras:

Isaac Asimov
Eu, robô - 1950



Seus contos estão entre os primeiros a tratar de robôs e a pensá-los como máquinas humanoides com cérebro de computador. Eu, robô, foi uma reunião de contos de Asimov, nove histórias curtas que redefiniram a imagem dos robôs tanto na literatura quanto no cinema. Em um destes contos o escritor cunha as famosas leis da robótica: "1) Um robô não pode fazer mal a um ser humano nem, por inação, permitir que algum mal lhe aconteça. 2) Um robô deve obedecer às ordens dos seres humanos, exceto quando estas contrariarem a primeira lei. 3) Um robô deve proteger sua integridade física, exceto quando isto contrariar a primeira ou a segunda lei." Eu, robô, acabaria virando filme, pelas mãos do diretor Alex Proyas, em 2004.









Isaac Asimov
O cair da Noite - 1969




Traz a história sobre o planeta Kalgash e seus seis sóis. Neste livro Asimov usa de todo seu conhecimento astronômico e de sua inventividade para criar uma galáxia instigante e misteriosa, onde os habitantes do planeta sem noite em algum momento acabariam deparando-se com um eclipse, algo nunca sonhado em Kalgash, a escuridão.













Isaac Asimov
O homem bicentenário - 1976




Outra de suas obras que ganhou notoriedade no cinema e serviu de inspiração para o filme homônimo, apesar de diferirem bastante entre si. Nesta obra Asimov coloca em questão o relacionamento homem e robô, levantando a ideia da humanização da máquina e suas consequências e implicações sociais, com toda sua característica sagacidade artística.












Isaac Asimov
Trilogia da Fundação - 1951/1953

Talvez esta seja sua obra máxima. Fundação baseia-se na ideia de que no futuro a humanidade será capaz de aplicar teses de que o crescimento e o declínio das civilizações seguem certos padrões relacionadas a disciplina científica chamada "psico-história". A série detalha os milênios seguindo a aplicação da psico-história, em busca de uma Fundação capaz de encurtar a duração do caos inevitável entre os ápices das civilizações intergaláticas, claro, se tudo correr como o planejado.



Isaac Asimov
O fim da eternidade - 1955




Influenciado fortemente por H.G. Wells, o livro conta a história de um romance que se desenrola em meio a viagens no tempos de seres humanos pertencentes a organização denominada "A Eternidade", que faz alterações no tempo a fim de garantir a integridade da raça humana, misturando Teoria do Caos e Inércia Newtoniana, criando assim uma narrativa que oscila entre a escrita científica e a literária. 













Isaac Asimov
Os próprios Deuses - 1972


Narra a descoberta de uma revolucionária fonte de energia que promete uma nova era para a humanidade, revelando a existência de um Universo paralelo. E quando um jovem e promissor cientista decide registrar a verdadeira história por trás do desenvolvimento da Bomba de Elétrons Entre Universos, fatos fazem com que surjam dúvidas a respeito da veracidade da versão oficial, mostrando que a Bomba de Elétrons não parece ser tão benéfica quanto afirmam seus defensores, podendo colocar em ameaça o destino de todo Sistema Solar. Uma incrível obra de ficção científica embasada e alicerçada teoricamente assim como toda a obra do Russo das vastas costeletas. 










"Certamente, cada vez mais pessoas seguiriam esse caminho fácil e natural de satisfazer suas curiosidades e necessidades de saber. E cada pessoa, à medida que fosse educada segundo seus próprios interesses, poderia então começar a fazer suas contribuições. Aquele que tivesse um novo pensamento ou observação de qualquer tipo sobre qualquer campo, poderia apresentá-lo, e se ele ainda não constasse na biblioteca, seria mantido à espera de confirmação e, possivelmente, acabaria sendo incorporado. Cada pessoa seria, simultaneamente, um professor e um aprendiz."

Isaac Asimov (Petrovich, União Soviética 02/01/1920 — Nova Iorque, EUA, 06/04/1992)




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