quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Os estados desconhecidos da consciência: por Henri Michaux

poeta, escritor e pintor
Henri Michaux
Procurar entender a formação subjetiva de pensamentos dentro de um mecanismo orgânico repleto de processos químicos é e sempre foi um mistério para a humanidade. Se conhecemos muito pouco sobre o cosmo e seus enigmas, é certo também que muito pouco se sabe a respeito dos segredos existentes dentro do universo mental, cruciais ao entendimento da situação humana.
Henri Michaux foi a fundo na compreensão cérebro/mente e ficou famoso por seus experimentos com a mescalina (substância alucinógena também usada por Aldous Huxley, conforme relato experimental descrito em seu livro "As Portas da Percepção"), para a exploração e a descoberta de estados mais profundos da consciência.
Sua extraordinária obra é composta por escrituras e poemas, mas seu grande destaque criativo é percebido  em seus trabalhos na esfera da pintura, onde Michaux faz uso de sua capacidade criativa para compor desenhos caligráficos de textos ilegíveis, os quais são relatos escritos de suas meditações referente a suas idas e vindas às profundezas da consciência através de seu estudo e experiência com energizadores psiquícos.
Esta idéia de busca por estados desconhecidos e aguçados da consciência formou o cerne do pensamento de Michaux, que eternizou suas extraordinárias experiências em uma obra instigante e de certa maneira incômoda para a história da arte contemporânea.  

Henri Michaux
Narrativa - 1927
 A proposta artística de Michaux transcende os patamares da linguagem formal, caminhando para um mundo mais livre das percepções, um universo subjetivo de pensamentos e caligrafias nervosas realizados num nível mais profundo da consciência, alcançado graças as suas experiências com mescalina.


  

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