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Leonora Carrington - 1917/2011 |
Uma imaginação desnorteante de espírito livre, é assim que Leonora Carrington construiu sua existência e obra neste plano. Desde muito jovem já demonstrava uma insatisfação constante diante ao senso comum de uma criação ortodoxa a qual era submetida por sua família burguesa, sendo expulsa de várias escolas religiosas, até seus pais se convencerem e mandá-la para estudar arte em Florença, onde deparou-se com a beleza e magnitude das obras dos antigos mestres da pintura e desde então resolveu nunca mais abandonar o ofício.
Um ocasional encontro com o surrealista Max Ernts, da início a uma drástica mudança em sua vida, fugindo com ele para Paris, vive um intenso e efêmero romance, e acaba formando um ciclo de convívio com artistas de vanguarda como Pablo Picasso, Salvadort Dali e Juan Miró, absorvendo suas influências e dando um novo entusiasmo à sua criação artística.
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Leonora Carrington |
Depois disso, penosos acontecimentos pairaram sobre sua vida - a guerra. perseguições políticas, o fim misterioso de seu romance com Ernst - a deixaram extremamente atordoada e acabaram levando-a a um colapso nervoso, vindo a ser internada em um hospício por decisão da família. Mas mesmo assim, debilitada mentalmente, conseguiu escapar mais uma vez das amarras sistêmicas, rumando para o México, aonde se rendeu aos encantos da riqueza cultural daquele lugar, residindo ali até o final de sua vida (2011), conhecendo a fundo a impactante obra de artistas da vanguarda mexicana como Frida Kahlo, Diego Rivera e Remedios Varo.
Toda essa sua trajetória do antigo para o novo mundo, as agruras do destino que se levantaram a sua frente, o convívio com artistas surreais e uma tremenda inclinação ao ocultismo e alquimia foram determinantes para suas inspirações artísticas que serviram de alicerce às suas pontes conectivas.
Um pouco de seu surrealismo místico:
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Autoretrato no inn of the dawn horse - 1937 |
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Você conhece minha tia Eliza? - 1941 |
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Samhain skin - 1975 |
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Solve me - 1957 |
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Portrait of Madame Dupant - 1947 |
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O gigante bebê (guardião do ovo) - 1947 |
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Lepidoptera - 1968 |
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La maja del tarot |
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Ikon - 1988 |
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Adieu Ammenotep - 1960 |
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Laberinto - 1975 |
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Quería ser pájaro - 1960 |
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Carta a Dana |
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Mito de 1000 olhos |
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