quinta-feira, 24 de julho de 2014

O retrato social de um mundo conquistado pela opressão: por Diego Rivera

auto retrato
Desde a chegada dos europeus ao Novo Mundo, a região hoje conhecida como México, nunca se entregou facilmente ao domínio do Antigo Mundo.

Grandes revoluções políticas e sociais, marcam a história opressiva do povo mexicano, e suas origens enquanto civilização pré-colombiana.

Estes resquícios de indignação e de luta se refletem nos mais variados campos de estudo da cultura do país. E na esfera das artes não poderia ser diferente. Dentre os vários artistas mexicanos que lograram êxito na cultura contemporânea, se destaca um homem politicamente ativo e livre pensador, Diego Rivera.

Desde cedo sua personalidade efervescente caracterizou-se pela postura crítica e por vezes conflitante, devido sua maneira mordaz e anormal de pensar. Ateu convicto e ferrenho iconoclasta religioso considerava o culto a religião uma neurose coletiva.

Suas obras retratam, com uma magnífica visão social, as agruras, conflitos e cultura doo passado mexicano, traçando uma fusão realista da sociedade indígena e seu colapso com a chegada dos espanhóis.

Seu estilo mais marcante foi sem dúvida aquele que contribuiu para o surgimento de um dos movimentos mais expressivos do cultura mexicana e do mundo moderno. Juntamente com José Clemente Orozco e David Alfaro Siqueira, Rivera foi essencial para a criação do chamado muralismo mexicano, movimento este que se baseava na ideia de que somente grandes obras públicas em meio ao seio social poderiam redimir artisticamente um povo que esquecera a grandeza de sua civilização pré-colombiana durante séculos de opressão estrangeira e de espoliação por parte das oligarquias nacionais, culturalmente voltadas para a metrópole espanhola. Consideravam como uma ferramenta burguesa a pintura de cavalete, pois na maior parte dos casos as telas ficavam confinadas em coleções particulares.

Sendo assim gigantescos murais que contavam a historia política e social do México, mostrando a vida e o trabalho do povo, a terra, as lutas contra as injustiças, as inspirações e aspirações, foram pintados junto a prédios e edificações no México e Estados Unidos, que não gostava de suas ideias revolucionárias, porém admirava as fortes cores de seu realismo social.

Os murais do realismo social de Diego Rivera:


diego rivera
A história do México - o antigo mundo dos indígenas (1929/1935): Palácio Nacional Cidade do México

diego rivera
O homem controlador do universo (1934): Palácio de Belas Artes, Cidade do México


diego rivera
O dia dos mortos (1944): Museu de arte moderna, Cidade do México


quarta-feira, 16 de julho de 2014

A produção artística de massa de Andy Warhol


auto retrato
Andy Warhol
A comodidade criada por um sistema consumista, onde as grandes indústrias ditam as regras, vendendo a esparsa ideia de que o sucesso e felicidade se encontram entrelaçados com a conquista esdrúxula da compra, despertou um profundo interesse iconoclasta naqueles preocupados em romper as barreiras da normalidade corriqueira que separam o homem moderno de sua verdadeira essência.

O que seria de nós se não fosse a arte e sua capacidade criativa para construir pontes reflexivas, entre a realidade e a utopia. Foi assim que Andy Warhol cunhou uma dialética artística baseada na arte popular, traçando uma crítica mordaz ao consumismo e ao mesmo tempo usando de sua substância para produzir suas obras.

Para Warhol não havia barreiras entre o pensamento convencional de arte e a vida cotidiana. A pop art denuncia uma sociedade saturada pelo consumismo, e por outro lado Warhol e seus assistentes produziam obras de arte em serigrafia tal qual como máquinas, eliminando assim, a autoria individual, e ironizando os preços absurdos que permeavam o mercado artístico.  

Outra característica marcante em suas obras é a forte presença da crítica social, retratando desastres e protestos raciais, produzindo um provocante contraponto as imagens de produtos e celebridades.

Andy Warhol, além de um artista de vanguarda, foi um grande agitador cultural, promovendo o The Factory, um estúdio hedonista, que mais parecia uma fábrica de produção artística de massa, frequentada por boêmios, excêntricos, músicos e artistas modernos, que contribuíam para a produção e criação de filmes, serigrafias e shows de música que ali eram concebidos, um centro da produção artística dos anos 60, consolidando e dando novos rumos à cultura popular.

Um pouco de sua pop art.

Andy warhol
Gold Marilyn Monroe - 1962























Andy warhol
Díptico Marilyn -1962



















andy warhol
Latas de sopa campbell's - 1962
















andy warhol
Duplo Elvis - 1963


































andy warhol
cadeira elétrica - 1964




















andy warhol
Flores -1964























andy warhol
16 Jackies - 1964























andy warhol
Tumulto racial em Birmingham - 1964
















andy warhol
Autorretrato - 1967

















andy warhol
$ - 1982
















































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